Começou a 5ª edição do Cura – Circuito de Arte Urbana que vai até o dia 4 de outubro em BH. Nesta edição, quatro prédios no hipercentro da cidade receberão intervenções artísticas e, por conta da pandemia, o restante da programação acontecerá exclusivamente online.
O festival convidou duas artistas para compor a comissão curadora: Arissana Pataxó, de Coroa Vermelha – Cabrália, e Domitila de Paulo, de BH. Elas, juntamente com as criadoras do festival – Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni – são os nomes por trás de tudo.
O Cura defende a resistência através da arte e cuidado com as pessoas, afetos e natureza e decide por uma curadoria que se aprofunda em um Brasil que não é somente urbano, trazendo artistas de diversas regiões com perspectivas estéticas diversas no seu lineup de obras públicas e também na Galeria CURA. É urgente ouvir as vozes que apontam outros caminhos.
RUA
Lídia Viber (Belo Horizonte/MG) vai pintar o Ed. Cartacho na Rua dos Caetés, 530. Robinho Santana (Diadema/SP), ficou com o Ed. Itamaraty, na Rua dos Tupis, 38. Daiara Tukano (São Paulo/SP) pegou o Ed. Levy na Av. Amazonas, 718. e, finalmente, temos o Diego Mouro (São Bernardo do Campo/SP) com o Ed. Almeida na Rua São Paulo, 249. Todas são visíveis da rua Sapucaí, bairro Floresta, onde funciona o Mirante CURA na rua Sapucaí com 14 murais gigantes.
Bandeiras produzidas pelos artistas Denilson Baniwa (Bercelos/AM), Randolpho Lamonier (Contagem/MG), Célia Xakriabá (São João das Missões/MG), Ventura Profana (Salvador/BA) e Cólera e Alegria (diversos/Brasil) serão instaladas no antigo prédio da Faculdade de Engenharia da UFMG. A obra também será vista do Mirante CURA.
Já os arcos do icônico Viaduto Santa Tereza recebem uma escultura inflável de Jaider Esbell (Normandia/RR).

Área de serviço
ONLINE
Toda a programação virtual do Cura 2020 é gratuita, acessível e pode ser visitada aqui. Uma programação diversa, que discute a atualidade e traz nomes em destaque no cenário nacional, entre eles Preta Rara, rapper e arte-educadora, importante nome do feminismo negro brasileiro e Ailton Krenak, uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro. Confira:
28/09 – segunda-feira, 19h30
Bate Papo – Imaginar caminhos: ocupando o mercado de arte contemporânea
Convidados: Thiago Alvim e Comum, artistas e idealizadores do JUNTA; Cristiana Tejo, curadora e uma das idealizadoras do Projeto Quarantine; Micaela Cyrino, artista visual e integrante da Nacional Trovoa.
Mediação: Fabiola Rodrigues, MUNA – Mulheres Negras nas Artes
29/09 – terça-feira, às 19h30
Bate Papo – Transformando, ocupando e criando novas narrativas: os olhares de artistas, curadores e pesquisadores contra o colonialismo sobre suas produções
Convidadas: Nathalia Grilo Cipriano, pesquisadora de cultura e cosmovisões negro-africanas, editora da revista digital diCheiro; Ventura Profana, escritora, cantora, performer e artista visual; Sandra Benites, antropóloga, arte-educadora e curadora-adjunta do MASP – Museu de Arte de São Paulo.
Mediação: Luciara Ribeiro, educadora, pesquisadora e curadora independente.
30/09 – quarta-feira, às 19h30
Aulão – O hip-hop resiste
Com Preta Rara, rapper, historiadora, turbanista, e influenciadora digital.
01/10 – quinta-feira, às 19h30
Bate Papo – Arte e Vida, Arte é Vida
Covidados: Maurinho Mukumbe, ferreiro; Ibã Hunikuin (Isaías Sales), txana, mestre dos cantos na tradição do povo huni kuin e pintor. Integra o coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin; Bordadeiras do Curtume (Vale do Jequitinhonha).
Mediação: Célia Xakriaba, professora e ativista indígena
02/10 – sexta-feira, às 19h30
Aulão – A Vida não é útil
Com Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro. É considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, possuindo reconhecimento internacional.
GALERIA DE ARTE VIRTUAL
A Galeria de Arte CURA vai funcionar no site www.cura.art durante o período do festival com mais de 30 artistas de todo o Brasil, que terão suas obras expostas e disponíveis para compra. Entre eles artistas que já participaram de outras edições do CURA ou participam desta edição como Thiago Mazza e Davi DMS (Cura 2017), Criola (Cura 2018), Luna Bastos (Cura 2019) e Diego Moura (Cura 2020) e artistas contemporâneos entre eles Heloísa Hariadne (São Paulo/SP); Mulambö (Saquarema/RJ), Alex Oliveira (Jequié/BA) e Luana Vitra (Belo Horizonte/MG).
CURA
O Circuito Urbano de Artes completa sua quinta edição e, com esta, serão 18 obras de arte em fachadas e empenas, sendo 14 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro. O CURA também presenteou BH com o primeiro, e até então único, Mirante de Arte Urbana do mundo. Todas as pinturas realizadas no hipercentro podem ser contempladas da Rua Sapucaí.

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